segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Belém tem a terceira maior inflação do País pelo IPCA

Em 12 meses, a Região Metropolitana de Belém (RMB) acumulou a 3ª maior inflação do País, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos variou 6,54%, desde outubro de 2012. Em outubro deste ano, o indicador subiu 0,58%, o quinto maior resultado entre as 11 Regiões Metropolitanas avaliadas e 0,40% superior a setembro (0,17%), quando a RMB teve o segundo menor aumento de preços do Brasil. Esse título persiste para o resultado anual. Na região foi observado, em 2013, a inflação mais tímida da avaliação, atrás apenas de Salvador, que somou 3,24% em variações do indicador até outubro.
Aumentos nos grupos de alimentação e bebidas (0,53%), transportes (0,06%) e habitação (1,62%) são responsáveis pela inflação de outubro, segundo o peso que possuem no cálculo final da variação.
Os produtos e serviços que mais subiram em outubro, independente do poder de influência que possuem sobre a inflação na região, foram a o peixe serra (16,45%), o mamão (11,13%), o pão doce (8,94), o móvel infantil (8,48%), o refrigerante e a água mineral (6,50%) e o contrafilé (6,32%). No ano, os produtos e serviços mais inflacionados foram o abacate (46,30%), a banana-prata (42,22%) e o transporte hidroviário (38,38%). Em doze meses, os mais inflacionados são também o transporte hidroviário (38,38%) e a banana-prata (35,51%).
A inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medida para famílias com rendimento monetário de 1 a 5 salários mínimos ficou em 6,65% no acumulado dos últimos 12 meses. Esse também é o terceiro maior resultado do País. Em outubro a inflação do índice chegou a 0,63% e no ano a soma das variações mensais marcou evolução de 4,24%.
Cesta básica
O mês de outubro teve alta de 0,29% no preço da cesta básica na Região Metropolitana de Belém, após três meses seguidos de quedas, aponta o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Pará. Com o valor de R$ 293,20 no mês passa, Belém ficou na condição de 8ª capital do país com o maior custo de alimentação básica. No mês passado, o preço da alimentação para um trabalhador paraense comprometeu, para sua aquisição, 47% do salário mínimo de R$ 678,00.
Das 18 capitais pesquisadas, 15 apresentaram altas no custo da alimentação básica. O supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, informa que o aumento acumulado de janeiro a outubro de 2013 ficou em 7,96%. A inflação calculada para o período foi de 4,25%. Segundo o Dieese, em outubro, os produtos da cesta básica do paraense que mais subiram foram a manteiga (4,19%); carne bovina (3,10%); e pão (1,16%). As maiores quedas foram da farinha de mandioca (-5,35%); feijão (-2,30%); e banana (-1,27%).

Fonte: O Liberal – 11/11/2013

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

FGTS vai bater recorde no próximo ano

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) terá mais recursos para investir em habitação, saneamento básico, infraestrutura e operações urbanas no ano que vem. Segundo o Ministério do Trabalho, o orçamento do FGTS alcançará um novo recorde de R$ 72,66 bilhões em recursos com essas destinações.
Os valores foram aprovados pelo Conselho Curador do FGTS. Para 2012, o orçamento aprovado, inicialmente, foi de R$ 59,66 bilhões. Posteriormente, com uma suplementação, os valores subiram para R$ 71,1 bilhões.
Os recursos do FGTS são destinados ao pagamento dos saques dos trabalhadores e à composição do Orçamento Anual de Aplicação do Fundo. O dinheiro desse orçamento é usado para financiar a compra de imóveis, obras de saneamento básico e infraestrutura, entre outros. De acordo com o Ministério do Trabalho, o orçamento de R$ 72,66 bilhões do FGTS para 2014 está dividido da seguinte forma: R$ 57,86 bilhões para habitação, R$ 5,2 bilhões para saneamento básico, R$ 8 bilhões para infraestrutura e R$ 1,6 bilhão para operações urbanas consorciadas.
Somente em subsídios para compra da casa própria, foram autorizados R$ 8,9 bilhões em descontos para 2014, dos quais cerca de R$ 6 bilhões para o Minha Casa Minha Vida - programa habitacional do governo que concede subsídios para a população de baixa renda.
Para este ano, o total de descontos aprovados, inicialmente, foi de R$ 6,46 bilhões. Posteriormente, entretanto, foi autorizada uma suplementação de R$ 2,43 bilhões para estes gastos, elevando a autorização, em 2013, para R$ 8,9 bilhões, o mesmo valor fixado, até o momento, para 2014.
Financiamento
O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) decidiu hoje (29) reservar R$ 81,56 bilhões do fundo para financiar funções típicas de governo, no ano que vem. O Orçamento é 14,71% superior aos R$ 71,1 bilhões previstos para execução neste ano.
Serão R$ 57,86 bilhões para financiamentos habitacionais (26,60% a mais que os R$ 45,7 bilhões de 2013), R$ 5,2 bilhões para saneamento, R$ 8 bilhões para infraestrutura urbana, R$ 1,6 bilhões para obras urbanas associadas e R$ 8,9 bilhões de desconto em financiamentos habitacionais para populações de baixa renda, principalmente no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida. Mesmo valor foi consumido neste ano a fundo perdido.
O planejamento para aplicações do FGTS pode ser alterado, porém, a exemplo do que ocorreu em 2013. Em dezembro do ano passado, o Conselho Curador aprovou financiamentos de R$ 59,66 bilhões nas mesmas rubricas para este ano. Dia 25 de setembro o mesmo conselho aprovou suplementação de R$ 12,43 bilhões, sendo R$ 10 bilhões para financiamento habitacional e R$ 2,43 bilhões para desconto dos financiamentos no Programa Minha Casa, Minha Vida.

Fontes: Jornal da Manhã e DCI – 01/11/2013