quarta-feira, 28 de agosto de 2013

85% das Categorias pesquisadas tiveram aumento real sobre o piso salarial, no 1º Semestre de 2013

SÃO PAULO - Das 328 unidades de negociação analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-Dieese), 85% conquistaram aumento real para os pisos salariais no primeiro semestre de 2013, na comparação com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, que divulgou o estudo nesta quinta-feira, 22, mesmo com um recuo em relação ao quadro registrado em 2012, quando 96,3% das categorias registraram aumento, os dados deste semestre não tiveram um comportamento discrepante em relação ao de anos anteriores.
"Em que pese o recuo observado no resultado das negociações de 2013 frente ao observado em 2012, os dados revelam que as negociações deste ano encontram-se no mesmo patamar de reajustes com ganhos reais observado nos últimos anos", diz trecho do estudo.
Por setores econômicos, o comércio liderou as negociações com reajustes acima da variação do INPC, com 98%. Na indústria, a fatia de reajustes acima da inflação foi de 85%. Já em serviços a proporção ficou em 79%.
O Dieese apontou, entre outros fatores, como possível causa da redução das negociações com ganho real, o aumento da inflação, que "resultou na necessidade de índices de reposição mais elevados, o que dificultou a negociação de aumentos reais e diminuiu a margem de ganho dos trabalhadores", pontuou a entidade. "Outro fator é o desaquecimento da economia, que vinha sendo observado desde meados do ano passado, e resultou no baixo crescimento do PIB em 2012 e na redução no ritmo de geração de empregos."
Apesar de o primeiro semestre ter demonstrado uma piora de cenário quando comparado aos resultados do ano passado, a entidade mostrou-se otimista com relação ao quadro da segunda metade do ano, em razão de fatores como a desvalorização do real, a tendência de queda da inflação e a retomada do crescimento, ainda que tímida.
DESEMPREGO
O rendimento médio do trabalhador brasileiro encolheu 0,9% em julho, a quinta queda mensal seguida e a primeira a deixar claro que, mais do que a inflação, é a piora do mercado de trabalho que está puxando os salários para baixo. Isso porque o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado pelo IBGE para atualizar os valores do salários de julho, registrou deflação de 0,13%. Segundo analistas, a perda de fôlego da economia começa a aparecer na renda do trabalhador.
— Neste mês específico, a perda do poder de compra se deu em função de outros fatores. O efeito da inflação foi zero, mas não podemos deixar de levar em conta seu impacto nos meses anteriores já que a queda vem ocorrendo há cinco meses seguidos — disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Na comparação com julho de 2012, o valor médio recebido R$ 1.848,40 ainda está 1,5% mais alto, o que também ocorre quando se compara à média dos sete primeiro meses deste ano com o mesmo período de 2012.
O desemprego medido pelo IBGE para as seis maiores regiões metropolitanas do país recuou de 6% em junho para 5,6% em julho. Foi a primeira queda do ano, mas a taxa ainda ficou acima dos 5,4% registrados em julho do ano passado. O recuo do desemprego resultou de um aumento de 156 mil pessoas no total de empregados e de uma redução de só 77 mil no número de desempregados, que totalizou 1,4 milhão pessoas — número considerado estável, levando em conta o tamanho da amostra, em relação ao mês anterior.
— A boa notícia é que a taxa de desemprego finalmente inverteu a tendência e começou a cair. Normalmente isso acontece mais cedo, mas minha expectativa é esse movimento continuar daqui para frente. O ruim é a renda média, que vem caindo mês a mês por causa de um mercado de trabalho que já não está excepcional. O mais importante para o trabalhador agora é manter o emprego, mesmo que isso custe um salário comido pela inflação ou que ele entre com um salário inicial mais baixo — explica João Saboia, especialista em mercado de trabalho do Instituto de Economia da UFRJ. As informações são da Agência O Globo.

Fonte: Agência Estado – 28/08/2013

Aposentados do INSS recebem a primeira parcela do benefício

A Previdência Social irá introduzir na economia paraense, a partir de hoje (26/08), R$ 230.108.662,70, verba extra que referente à antecipação da primeira parcela do 13º dos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse valor, mais o salário, incluindo os beneficiados que não têm direito ao décimo, totaliza R$ 766.409.199,39.
Empresários do setor do Comércio e representantes dos aposentados afirmam que essa verba é aguardada com expectativa, especialmente nesse período do mês, em que as vendas estão em baixa por ainda por causa do aperto provocado pelas férias escolares de julho, e, também, em decorrência da aproximação do final do mês, quando a maioria dos trabalhadores já está sem dinheiro para gastos maiores.
Conforme a Previdência Social, esses valores todos estão divididos entre as pessoas que receberão apenas o salário do mês e as que receberão o salário acrescido da primeira parcela do 13º. No Pará, vão receber salário mais a primeira parcela, 577.806 beneficiários, o que totaliza R$ 230.108.662,70 só em abono de Natal.
Álvaro Cordoval, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belém (CDL), ratifica que essa verba extra chega em bom momento, pois, de 20 a 30 de cada mês, as vendas caem no comércio. Há poucos dias, disse o dirigente lojista, empresários do Comércio vinham conversando sobre as expectativas em relação a esse dinheiro a mais que será injetado na economia a partir de hoje. Os empresários calculam que os beneficiados vão saldar velhas dívidas, reorganizar o crédito e, com o que sobrar, pode fazer novas compras, fazendo girar capital e mercadorias.
O presidente da Federação das Associações de Aposentados do Estado do Pará, Emídio Rebelo Filho, explica que essa antecipação vem sendo feita pelo governo federal desde 2006, depois de longas lutas dos aposentados para que eles também pudessem ter a antecipação da primeira parcela do Décimo, assim como já acontecia com os trabalhadores da ativa. Ele disse, também, que vê com bons olhos essa medida, porque é um dinheiro que chega sem juros e que ajuda o aposentado a melhor se orçar, quitar dívidas.
Emídio também ressalta que é um bom momento não apenas para tentar fazer economia, como também, para fazer um planejamento. “Não adianta pegar o dinheiro e gastar tudo em supérfluos, que será prejuízo, mas há de se convir que também se trata de giro de capital que vai beneficiar o comércio de um modo geral”.
De acordo com o Ministério da Previdência, a primeira parcelado abono, de 50% do valor do 13°, representa uma injeção extra de R$ 230.108.662,70 na economia do Estado do Pará com o pagamento de 577.806 benefícios. No Estado do Amazonas, o investimento foi de R$ 77.648.477,01 com o pagamento de 175.551 benefícios.
Também não haverá desconto de Imposto de Renda (IR) nesta primeira parcela. De acordo com a legislação, o IR sobre o 13° só é cobrado em novembro de dezembro, quando será paga a segunda parcela da gratificação natalina.

Fonte: O Liberal – 8/08/2013

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

IPCA - 15 de Belém é o 3° maior do País este mês

Inflação _ Variação de agosto supera a de julho. Os "vilões" são o limão e o transporte fluvial.
A inflação em Belém continua crescendo e deverá fechar o mês como uma das maiores do País. Segundo os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação oficial, subiu 0,34% em Belém, ficando atrás somente de Curitiba (0,51%) e Brasília (0,36%). A variação do IPCA-15 é bem superior a apontada no mês passado, quando o registro foi 0,09%.
No que se refere à inflação do ano, Belém também registrou a maior variação entre as onze capitais avaliadas. A capital do Pará variou 3,82%, logo atrás das marcas de Recife (4,84%) e Fortaleza (4,26%). Já no acumulado dos últimos 12 meses, Belém continua como a capital campeã de inflação do País, com variação de 8,07%. Os índices da capital paraense também são superiores aos da média do Brasil na variação de agosto (0,16%), no acumulado do ano (3,69%) e no acumulado dos últimos 12 meses (6,15%).
Os principais responsáveis por esse aumento da inflação, no mês de agosto, em Belém, foram o limão (15,74%), o transporte hidroviário (11,97%), o preço do fogão (10,72%), do filé mignon (8,56%), da antena (7,68%) e da cerveja (7,41%). Já no acumulado de 2013, os vilões da prévia do IPCA são a banana-prata (41,39%), o açaí (emulsão) (38,42%), o transporte hidroviário (37,93%), a batata inglesa (36,99%), o feijão carioca (31,81%) e o repolho (29,06%).
No acumulado de 12 meses, os principais aumentos foram na farinha de mandioca (104,69%), batata inglesa (68,28%), banana-prata (54,70%), limão (47,28%) e abacate (38,74%). Em contrapartida, os itens que tiveram uma deflação mensal foram a cebola (-21,15%), o item tubérculos, raízes e legumes (-13,11%), tomate (-13,02%), serra (-10,42%) e repolho (-8,68%). No acumulado desse ano foram o peixe serra (-32,62%), passagem aérea (-23,10%), mamão (-13,69%), tucunaré (-17,75%) e energia elétrica residencial (-17,61%).
Em todo o Brasil o IPCA-15 apontou aumento 0,16% na inflação de agosto, alta superior à de julho, quando subiu 0,07%. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 teve alta de 6,15%, abaixo dos 6,40% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2012, a taxa havia ficado em 0,39%. No acumulado no ano, a taxa registra alta de 3,69%, acima dos 3,32% acumulados no mesmo período de 2012.
O estudo mostra ainda que a alta do índice em agosto deve-se, principalmente, à queda menos intensa dos grupos alimentação e bebidas (de -0,18% em julho para -0,09% em agosto) e transporte (de -0,55% para -0,30%), bem como à alta na taxa do grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,20% para 0,45%) e educação (de 0,11% para 0,68%).
No grupo alimentos, a alta no preço do leite longa vida (5,46%) liderou o ranking dos principais impactos individuais do mês, com 0,06 ponto percentual. Os outros itens cujas altas merecem destaque são: feijão-preto (5,35%), cerveja consumida no domicílio (3,33%) e cerveja consumida fora do domicílio (1,17%). No item transporte, as quedas, embora menos intensas, ainda são reflexo das desonerações iniciadas em junho. Variaram as taxas de ônibus urbano (de -1,02% em julho para -1,69% em agosto), de ônibus intermunicipal (de -0,91% para -0,70%), de trem (de -1,15% para -1,96%) e de metrô (de -2,02% para -2,24%). Já a gasolina passou de -0,69% para 0,03%, e o etanol de -3,71% para -0,22%, fazendo com que o grupo transporte tivesse queda menor do que no mês anterior.
 Já o grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,20% em julho para 0,45% em agosto) teve alta influenciada, sobretudo, pelos serviços médicos e dentários (1,12%) e de produtos de higiene pessoal (0,42%). Os preços dos remédios, porém, continuam em queda (-0,21%), segundo a pesquisa.  A queda da taxa do grupo habitação, que passou de 0,60% em julho para 0,56% em agosto, foi influenciada pela redução da taxa de água e esgoto (de 0,94% para 0,16%) e aluguel residencial (de 0,83% para 0,74%). Nas despesas pessoais, que também teve variação de 1,08% em julho para 0,51% em agosto, o destaque ficou com o item empregado doméstico (1,45% para 0,53%), seguido de cabeleireiro (de 1,24% para 0,62%) e manicure (de 0,53% para 0,37%).

Fonte: O Liberal – Dinheiro – 23/08/2013

INSS libera 13º de aposentado

Rendimentos no Estado vão alcançar mais de R$ 760 milhões
Com a antecipação da primeira parcela do 13º para os aposentados da Previdência Social no Pará, serão investidos na economia do Estado R$ 766.409.199,39, o que, por si só, já deixa os empresários do setor de Comércio entusiasmados. Esse valor corresponde ao pagamento de salário, acrescido da gratificação natalina.
Segundo dados da Previdência Social, esses números estão divididos entre as pessoas que receberão apenas o salário do mês e as que receberão o salário acrescido da primeira parcela do 13º. Receberão salário mais a primeira parcela, 577.806 beneficiários, o que totaliza R$ 230.108.662,70 só em abono de Natal.
O presidente da Câmara de Dirigentes Logistas de Belém (CDL), Álvaro Cordoval, afirma que essa antecipação do 13º para os aposentados chega num bom momento, pois é sabido que, de 20 a 30 de cada mês, as vendas caem no comércio, porque é a fase que todo mundo está sem dinheiro, esperando o pagamento dos salários ou das aposentadorias e pensões. Há alguns dias, afirmou Cordoval, os empresários do setor do Comércio vinham conversando sobre as espectativas em relação a esse dinheiro a mais que estará chegando a partir de segunda-feira, quando, certamente, os beneficiados deverão saldar contas atrasadas, reorganizar o crédito e, com o que sobrar, poder fazer novas compras, fazendo girar capital e mercadorias. Portanto, será um mês e uma fase atípica, acrescentou.
Segundo o presidente da Federação das Associações de Aposentados do Estado do Pará, Emídio Rebelo Filho, essa antecipação vem sendo feita pelo governo federal desde 2006, depois de longas lutas dos aposentados para que eles também pudessem ter a antecipação da primeira parcela do Décimo, assim como já acontecia com os trabalhadores da ativa. Ele disse, também, que vê com bons olhos essa medida, porque é um dinheiro que chega sem juros e que ajuda o aposentado a melhor fazer seu orçamento e quitar dívidas.
Emídio também ressalta que é um bom momento não apenas para tentar fazer economia, como também para fazer um planejamento. "Não adianta pegar o dinheiro e gastar tudo em supérfluos, que será prejuízo, mas há de se convir que também se trata de giro de capital que vai beneficiar o comércio de um modo geral".
Os depósitos para os segurados da Previdência Social começam na próxima segunda-feira (26) juntamente com o pagamento da folha de agosto que segue até o dia 6 de setembro. As informações são do portal de notícias do Ministério da Previdência Social. No total, são 26.196.031 de benefícios creditados com o 13º salário, o que corresponde a um investimento de R$ 12.622.664.629,42 com o pagamento da primeira parcela da gratificação natalina. A folha de agosto vai pagar em todo o país 30.760.500 de benefícios, o que corresponde a um investimento de R$ 39.321.599.374,11.

INJEÇÃO
De acordo com o Ministério da Previdência, a primeira parcela do abono, de 50% do valor do 13º, representa uma injeção extra de R$ 230.108.662,70 na economia do Estado do Pará com o pagamento de 577.806 benefícios. No Estado do Amazonas, o investimento foi de R$ 77.648.477,01 com o pagamento de 175.551 benefícios.
Também não haverá desconto de Imposto de Renda (IR) nesta primeira parcela. De acordo com a legislação, o IR sobre o 13º só é cobrado em novembro e dezembro, quando será paga a segunda parcela da gratificação natalina.

Calendário
 Os depósitos começam nesta segunda-feira para os segurados que recebem até um salário mínimo e possuem cartão com final 1, descontando-se o dígito. Os segurados que recebem acima do mínimo terão seus benefícios creditados, a partir do dia 2 de setembro.
Aposentados e pensionistas, em sua maioria, receberão 50% do valor do benefício. A exceção é para quem passou a receber o benefício depois de janeiro. Neste caso, o valor será calculado proporcionalmente.
Os segurados que estão em auxílio-doença também recebem uma parcela menor que os 50%. Como esse benefício é temporário, o INSS calcula a antecipação proporcional ao período. Por exemplo, um benefício iniciado em janeiro e ainda em vigor em agosto terá o 13º terceiro salário calculado sobre oito meses. O segurado receberá, portanto, metade deste valor. Em dezembro, caso ainda esteja afastado, o segurado irá receber o restante. Se tiver alta antes, o valor será calculado até o mês em que o benefício vigorar e acrescido ao último pagamento do benefício.
Por lei, os segurados que recebem benefícios Assistenciais (LOAS) não têm direito ao 13º salário, que corresponde a cerca de 4,1 milhão de benefícios.


Fonte: O Liberal – Poder – 23/08/2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), em Barcarena, descumpre ordem judicial

 A greve iniciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), em 21 de maio, no município de Barcarena, já deveria ter chegado ao fim, se o sindicato cumprisse decisão judicial. Há pouco mais de um mês, a desembargadora Marneide Merabet, por meio de liminar, determinou o retorno imediato dos servidores à sala de aula, por reconhecer que a greve era ilegal e abusiva.
 No despacho, a desembargadora foi categórica: "Defiro a antecipação da tutela para determinar o imediato retorno dos servidores públicos, no percentual de 90%, sob pena de multa diária a ser paga ao Aparelhamento Judiciário, pela parte requerida, no montante a R$ 5.000,00". Apesar da decisão do Tribunal, os dirigentes do sindicato decidiram permanecer em greve.
 A sentença da desembargadora esclareceu vários pontos sobre o movimento grevista. De acordo com o despacho, funcionários públicos que decidem cruzar os braços devem apresentar proposta para a manutenção dos serviços, "da qual deve ser dada ciência tanto ao órgão empregador quanto aos usuários de tais serviços, através de divulgação na imprensa local". Nada disso foi feito.
A direção do Sintepp deflagrou greve em Barcarena para reivindicar reposição salarial, com um pedido de 21% de reajuste; gestão democrática nas escolas; hora atividade do 5º ao 8º ano em campo; gratificação de incumbência; e difícil acesso dos professores. No entanto, o grupo se esqueceu de garantir a continuidade dos trabalhos nas escolas.

No dia 26 de junho, o juiz de Direito Guilherme Henrique Berto de Almada indeferiu a ação do Sintepp que pedia para a prefeitura não descontar os dias parados dos grevistas. "Não há como proceder salário, se não houve contraprestação", determinou Almada. "Nos dias de paralisação, os educadores não compareceram ao trabalho, circunstância que por si só autoriza os descontos salariais". Mas o Sintepp recorreu, e os descontos foram suspensos.
 Para a prefeitura de Barcarena, a principal reivindicação da direção do sindicato é o aumento salário. O pedido até agora não foi atendido porque a administração municipal alega não ter como fazer reajuste salarial este ano. O atual governo herdou grandes dívidas e tem arrecadado pouco para fazer despesas que não poderão ser pagas posteriormente. A discussão sobre salário se arrasta por dois meses e já envolve diferentes segmentos da sociedade barcarenense.
A prefeitura se reuniu este ano mais de dez vezes com a direção do Sintepp. Já foi ao Ministério Público apresentar documentos que mostram a inviabilidade de aumentar os gastos com a folha de pagamento dos servidores. Só para ter uma ideia, atualmente, todos os recursos do Fundeb e mais o recurso da prefeitura destinado á educação são utilizados para pagar folha de pagamento dos servidores. As contas foram apresentadas na Câmara de Vereadores e discutidas entre os próprios professores, que estão divididos sobre a questão. Mesmo com todas as tentativas de dialogo para evitar o prolongamento da greve, o sindicato da categoria se mantém irredutível.
TEMPORÁRIOS
No ultimo dia 7, a juíza Ângela Graziela Zottis, da 1ª Vara Cível do município, em resposta a uma ação proposta pelo Ministério Público, determinou que a prefeitura de Barcarena contrate professor temporário para as escolas que estão sem aula no município. O contrato temporário terá prazo até o retorno dos servidores em greve. A juíza disse que a decisão quer evitar prejuízos aos alunos que estão sem aula há dois meses.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) ainda não divulgou o numero exato de professores que deverão ser contratados, mas informou que, esta semana, 40% das escolas da cidade e 20% da zona rural estavam com carência de professores. O relatório diário da situação de funcionário das escolas no município, divulgado a 7 de agosto, mostra que o numero de professores faltosos passa de 250. A decisão da juíza Ângela Zottis determina também que “os vencimentos dos contratados deverão ser pagos no mesmo patamar dos que estavam em exercício”, alem disso, a prefeitura deve levar e consideração os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade (com divulgação no Diário Oficial do Estado, Município e diferentes meios de comunicação social) e eficiência.
“Os contratos com os temporários devem ser informados ao juízo, visando a transparência das contratações”, explicou a magistrada. O não cumprimento da decisão implicara em multa de R$ 5 mil por dia por cada sala de aula encontrada sem professor. A multa será aplicada pessoalmente ao prefeito. A prefeitura informou que não cumprir a decisão. “Faremos todo o esforço para o cumprimento na íntegra”, disse a secretario de Planejamento Alberto Góes.
O Sintepp iniciou a greve para pressionar o governo a aumentar o salário da categoria em 21%, além de outros benefícios. Até agora, houve pelo menos dez encontros para discutir propostas e negociar o fim da paralisação. O prefeito alega que não pode aumentar o salário porque hoje todo o recurso destinado para a educação é gasto com a folha dos servidores.
Apesar do impasse entre prefeitura e sindicato, a maioria das escolas de Barcarena está funcionando normalmente. Segundo o último relatório divulgado pela Semed, esta semana, apenas duas escolas, das 99 existentes no município, estão totalmente paralisadas. Nas outras, a frequência de professores varia.
Fonte: Site O Liberal – Poder – 14/08/2013

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Congresso reprovado por 42%

SÃO PAULO - Após a onda de protestos no país, a reprovação ao Congresso Nacional aumentou nove pontos, segundo o Datafolha. De acordo com a pesquisa, a reprovação subiu de 33% para 42%. A resposta dos parlamentares às manifestações foi avaliada como ruim/péssima por 45% dos entrevistados. E apenas 13% consideram bom ou ótimo.

As iniciativas da chamada “agenda positiva” do Congresso, como a rejeição da PEC 37 e o arquivamento do projeto de cura gay, não tiveram grande impacto, já que apenas 13% aprovaram estas ações.

A imagem do Legislativo teve índices de reprovações maiores em anos anteriores. No ano de 2009, o percentual foi de 44% quando veio à tona, na gestão de José Sarney (PMDB), que a Mesa Diretora do Senado usava atos secretos para nomear e conceder benefícios a servidores.
Já em 2007, a reprovação foi de 45% quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), foi acusado de aceitar ajuda de uma empreiteira para bancar despesas pessoais. No escândalo do mensalão, em 2005, a reprovação ficou em 48%.
A única situação de índice de aprovação - 24% - maior que a reprovação foi em dezembro de 2003, ao final do primeiro ano do governo Lula. Mas em novembro de 2010, ao final do segundo mandato do presidente petista, a aprovação chegou a 25%, contra 30% de reprovação.


Popularidade

Após ver sua popularidade despencar em junho, em decorrência dos protestos de rua pelo país, a presidente Dilma Rousseff apresentou uma melhora na avaliação de seu governo, segundo pesquisa Datafolha divulgada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo. Dilma, que chegou a apenas 30% no índice dos que consideram ótimo ou bom o governo, tem agora 36%. O auge de sua popularidade se deu em março desse ano, quando atingiu 65% de aprovação.

O índice dos que consideram seu governo ruim ou péssimo, que em junho chegou a 25%, caiu para 22%. E os que avaliam o governo como regular passaram de 43% para 42%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

Como verificado em pesquisas anteriores, a aprovação a Dilma é maior na faixa da população que recebe até dois salários mínimos: 41%. A menor aprovação está entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, 29%, embora esta tenha sido a faixa com a variação mais favorável à presidente. Em junho, apenas 21% dos mais ricos avaliavam positivamente o governo. O aumento foi de oito pontos percentuais. Na faixas de renda familiar de 2 a 5 salários mínimos e de 5 a 10 salários mínimos, a avaliação positiva do governo é praticamente a mesma: 33% de ótimo e bom na primeira faixa, e 32% na segunda.

Na classificação por escolaridade, a avaliação mais positiva do governo Dilma está entre os que cursaram apenas o ensino fundamental (42%). Entre os que têm o ensino médio, o índice de ótimo e bom é de 33%, e entre os com curso superior, de 28%.

Em relação aos protestos de rua que marcaram o mês de junho e ainda continuam em algumas cidades, o índice dos que acreditavam que traria algum benefício pessoal caiu de 65% para 49%. A percepção de que os protestos melhorariam a vida dos brasileiros em geral também caiu de 67% para 52%.
Em artigo sobre a pesquisa, os diretores do Datafolha, Mauro Paulino e Alessandro Janoni, consideraram que o ambiente favorável às manifestações já não apresenta a mesma amplitude, e que o apoio majoritário às respostas de Dilma aos protestos, já captado em junho, se manteve.
— Agora, mesmo identificando a má gestão dos recursos como principal problema do setor da saúde no país, cresce em sete pontos percentuais a taxa de brasileiros que se coloca favorável à contratação de médicos estrangeiros para áreas de carência. Com as ações, Dilma descola o Executivo da imagem do Congresso Nacional, que tem desempenho amplamente reprovado frente aos episódios — avaliaram os diretores do Datafolha.

A pesquisa foi realizada entre os dias 7 a 9 de agosto, em 160 municípios do país, e ouviu 2.615 pessoas.

Fonte: Site O Globo – 12/08/2013

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Governo entrega cheques moradia a 761 famílias

COHAB - Benefício permite a compra de material de construção para melhorar habitações.
O Governo do Estado, por meio da Companhia de Habitação do Pará (Cohab), entrega hoje 761 Cheques Moradia. A cerimônia de entrega do benefício será presidida pelo governador Simão Jatene, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Na oportunidade, serão beneficiados 606 servidores públicos de todo o Estado e 155 pessoas com deficiência. Os servidores contemplados com o benefício pertencem a 29 órgãos do Governo estadual, que aderiram ao programa habitacional.
O Cheque Moradia já beneficiou 1.625 famílias paraenses neste ano, contribuindo para a melhoria da qualidade da habitação dessas pessoas, liberando mais de R$ 13 milhões em recursos para a compra de material de construção.
Entre as famílias que já foram beneficiadas com o programa está a de Marcos Bittencourt, que mora no bairro do Guamá com os pais, a esposa, e a filha de cinco meses. Ele recebeu recursos para construir dois quartos, banheiro e cozinha . "O Cheque Moradia representou uma mudança para melhor. Eu estava preocupado, pois a casa antiga era de madeira e minha esposa estava grávida. Eu pensava como ia ser criar um bebê numa casa como aquela, que estava em péssimo estado. Com a minha renda seria impossível construir uma casa assim de alvenaria, nesse padrão", afirmou.
Raimundo Guilherme Soares é outro chefe de família contemplado com o benefício. Casado há 30 anos, reside no bairro do Coqueiro com a esposa e uma filha. Com o Cheque Moradia, ele construiu dois quartos, banheiro e cozinha.
INCLUSÃO
Um dos públicos priorizados no atendimento do programa habitacional são pessoas com deficiência. Essa clientela inicia o processo de atendimento no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC), unidade gerenciada pela Secretaria de Assistência Social (Seas), com o objetivo de adaptar cômodos para pessoas que têm necessidades especiais. É o caso de João da Silva, morador do Barreiro. "A minha casa era de madeira, cheia de buracos no chão e na parede. Não podia chover que inundava tudo. Com o Cheque Moradia agora eu vivo num espaço decente, com a minha casa toda reformada, lajotada e forrada", destacou o portador de deficiência.=

Fonte: Site O Liberal – Poder – 09/08/2013

IDH avança 56% em 20 anos

O Índice do Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Pará, divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), revela um expressivo avanço do Estado nos últimos 20 anos. Entre 1991 e 2010, o índice cresceu 56,4% no Pará, de 0,413 para 0,646. Inspirado no IDH global, publicado anualmente pelo PNUD, esse índice é composto por três variáveis, e mede a evolução do acesso e qualidade da educação, da saúde e a distribuição de renda. Apesar de ter avançado da escala muito baixa (de 0 a 0,499) para a média (de 0,600 a 0,699), o Estado concentra 13 das 50 cidades com menor índice de desenvolvimento do País, sendo Melgaço, na região do Marajó, o município com a pior avaliação (0,418).Compõem ainda o rol das piores médias de desenvolvimento, os municípios de Chaves, Bagre, Cachoeira do Piriá, Portel, Anajás, Ipixuna do Pará, Afuá, Curralinho, Nova Esperança do Piriá, Porto de Moz, Breves e Jacareacanga. Mais uma vez, nenhum município do Estado figurou entre as 50 cidades com melhor índice de desenvolvimento humano municipal, que apresentam a pontuação de 0,800 a 1. O melhor desempenho do Estado foi observado em Belém, que apontou IDHM de 0,746, que indica desenvolvimento alto, dentro da escala de 0,700 a 0,799.
Ao longo das duas últimas décadas, a capital paraense ampliou a sua média de desenvolvimento em 32,7%. Em relação ao índice da pesquisa de 2010, a variação foi de 18,4%. A pesquisa ainda indica outros dois municípios do Pará na margem considerada alta: Ananindeua e Parauapebas. No geral, o Estado contabiliza oito municípios na lista de desenvolvimento muito baixo; 88 considerado baixo; e mais 44 com índice médio. Como comparação, há dez anos eram 118 municípios paraenses na parcela de IDHM muito baixo; 23 com desenvolvimento baixo; duas com desempenho médio; e nenhuma dentre as de padrão alto.
Apesar da evolução, o Pará ainda figura entre os três Estados brasileiros com menor desenvolvimento. Só aparece à frente das médias atribuídas a Alagoas (0,631) e Maranhão (0,646). Por outro lado, Distrito Federal foi a única unidade da federação a apresentar IDHM muito alto, na casa de 0,824. Já São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amapá e Roraima ficaram no patamar de desenvolvimento alto.
MÉDIA NACIONAL
Em todo o País, o IDHM também teve um significativo avanço em duas décadas: 47,5%, saltando de 0,493 para 0,727. A classificação do IDHM do Brasil mudou de muito baixo para alto. “Saímos de um patamar muito baixo e isso mostra o esforço que o País fez na área”, avaliou Marco Aurélio Costa, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um dos parceiros na realização do estudo. “A gente ainda não está bem, o IDHM educação é o que menos contribuiu e onde temos os maiores desafios para superar”, afirmou.
O município de São Caetano do Sul, no ABC paulista, tem o melhor IDHM do Brasil, com média de 0,862. Em seguida aparecem Águas de São Pedro (SP), com 0,854, Florianópolis (SC), com 0,847, Vitória (ES), com 0,845, Balneário Camboriú (SC), com 0,845, Santos (SP), com 0,840, e Niterói (RJ), com 0,837. Entre os piores resultados estão, além de Melgaço na última posição, os municípios maranhenses de Fernando Falcão (0,443) e Marajá do Sena (0,452), o amazonense Atalaia do Norte (0,450); e o roraimense Uiramutã (0,453).
 Fonte: Site O Liberal – Poder – 09/08/2013

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Sindicais aprovam veto a fim de multa sobre FGTS

Os trabalhadores apoiam o veto da presidente Dilma Rousseff à extinção da multa de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em casos de demissão sem justa causa. Contrariamente à forma como se posicionou o empresariado, ao repudiar o veto, os representantes de trabalhadores manifestaram satisfação com a manutenção da multa. O veto da presidenta à mudança foi publicado no Diário Oficial da União de ontem.
Para a Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras (CTB) do Brasil, o veto merece o "total apoio da classe trabalhadora brasileira", pois a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 200/2012 foi o resultado da influência do setor dos empregadores no Congresso.
"Quem não usa mão do recurso da demissão sem justa causa, que não é permitida nos países onde vigora a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), não tem razão para temer a multa rescisória mantida pela presidenta", disse, em nota, o presidente da CTB, Wagner Gomes. Essa convenção da OIT, sobre o Término da Relação de Trabalho por Iniciativa do Empregador, estabelece um quadro normativo geral, que depende de regulamentação dos Estados signatários. O Brasil chegou a assinar e ratificar essa convenção na década de 1990, mas a denunciou em 1997, quando a medida deixou de vigorar no país.
O secretário de organização sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Brasília, Roberto de Oliveira, também citou a convenção da OIT sobre relações de trabalho e defendeu a volta da estabilidade no emprego – que vigorou no Brasil até a Constituição Federal de 1988.
"Essa discussão tem como pano de fundo a volta da estabilidade ao emprego, como estabelece a convenção da OIT. A central defende que o Brasil acate essa convenção internacional, o que vai promover uma discussão geral sobre o tema", explicou Oliveira.
Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, a falta de estabilidade no atual mercado de trabalho brasileiro é uma das principais causas da rotatividade de mão de obra no país, o que ainda contribui para o aumento da quantidade de solicitações para o pagamento de seguro-desemprego, onerando as contas públicas. Segundo ele, a multa de 10% sobre o FGTS seria mais um fator de inibição para as demissões sem justa causa – além dos 40% sobre o mesmo fundo que vai para o trabalhador. No caso dos 10%, o montante é depositado no próprio FGTS, para investimentos em políticas públicas, como moradia.
De acordo com o secretário da CUT, Roberto de Oliveira, os trabalhadores e o próprio governo terão dificuldades em manter o veto da presidenta Dilma no Congresso. Depois de apreciado por ela, o texto retorna ao Congresso para análise dos parlamentares. Ontem (25), representantes de entidades do empresariado manifestaram repúdio ao veto, argumentando que a multa onera ainda mais a folha de pagamentos.
"Infelizmente, nosso Congresso é conservador e, se os empresários se mobilizarem, é possível derrubar o veto. As entidades representativas dos trabalhadores podem se mobilizar para tentar impedir isso, mas como essa discussão não diz respeito ao valor que efetivamente vai para o trabalhador, talvez isso dificulte a mobilização da classe", informou o secretário da CUT.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse à Agência Brasil que a central vai se articular no Congresso no sentido oposto ao dos empresários, de forma a evitar a derrubada do veto. "Temos a convicção de que ela [Dilma] acertou. Vejo importância na manutenção da multa porque estamos em uma situação de quase pleno emprego e muitas empresas não entendem isso e trocam os empregados como mercadoria. Sou totalmente favorável ao veto por causa da diminuição de demissões desmotivadas."
A Força Sindical, assim como as demais entidades, posicionou-se favoravelmente ao veto. De acordo com a central sindical, o fim da multa retiraria R$ 3 bilhões por ano do fundo, sem a criação de medidas compensatórias, como prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal – assim como foi justificado pela presidenta Dilma Rousseff.
A contribuição adicional de 10% foi incorporada à multa de 40% do FGTS para funcionários demitidos sem justa causa em 2001, devendo ser paga pelo empregador ao governo e não ao empregado. A contribuição extra foi criada para ajudar a corrigir um desequilíbrio existente entre a correção dos saldos das contas individuais do FGTS. A lei, entretanto, não estabeleceu prazo para o fim da cobrança dos 10%, nem o vinculou à solução do desequilíbrio do fundo.

Fonte: Site em.com.br – 05/08/2013

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Receita dos royalties da mineração cresce 46%

A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), conhecida como "royalties da mineração", atingiu 200,497 milhões de reais em julho, crescimento de 46,6% em relação ao mesmo mês de 2012, de acordo com levantamento do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). No ano, a conta somou 1,493 bilhão de reais, incremento de 81,2% do total arrecadado em 2012.
Parte da diferença da arrecadação se deve ao maior volume de produção mineral no início de 2013. Em 2012, o forte período de chuvas surpreendeu e empresas como a Vale tiveram de declarar estado de força maior. A Cfem é calculada hoje sobre o valor do faturamento líquido - para o minério de ferro, principal produto da cesta de produção no Brasil, a alíquota é de 2%. Essa alíquota deverá mudar quando o novo marco entrar em vigor, o que está previsto para 2013.

Fonte: Site Veja – Economia – 02/08/2013

Produção industrial supera expectativas e cresce 1,9% em junho

Rio - A produção industrial brasileira superou as expectativas ao crescer 1,9% em junho, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador anulou a queda de 1,8% em maio. Apesar de positivo, o dado foi insuficiente para reverter as apostas em nova retração da produção industrial em julho.

"O desempenho da indústria neste ano está sendo marcado por uma grande volatilidade. Mas o setor encerrou o trimestre operando em patamar superior ao período anterior", citou André Macedo, responsável pela pesquisa.

Por conta da tendência irregular, o técnico do IBGE classifica como desafiador prever o comportamento da atividade industrial em 2013. Um trabalho que, segundo ele, exige uma "certa cautela" diante dos atuais indicadores de confiança do empresário e do nível mais elevado dos estoques na indústria automobilística nacional.

Analisar o dado de junho isoladamente seria um erro para a economista do Banco ABC Brasil, Mariana Hauer, que aposta em uma nova retração da produção industrial em julho. "O que temos visto é que em um mês a produção industrial sobe, no outro cai. Estamos patinando", afirmou. Antes de bater o martelo, a economista aguarda a divulgação dos dados de produção de automóveis e o resultado do setor de energia elétrica.

A tendência de oscilação da indústria deve continuar nos próximos meses, segundo a economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Zara. Sem descartar um número negativo para julho, ela acredita que a esperada recuperação da indústria virá de forma lenta.

Já o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, é mais otimista. Mesmo sem ter analisado a pesquisa, o executivo lembra a importância do dado positivo em um mês marcado pela disparada do dólar e de maior incerteza no cenário internacional. "Revela que o estado de confiança da indústria e planos de produção foram mantidos. Agora, é claro que é preciso olhar as médias e tendências", afirmou.

O crescimento de 1,9% na produção em junho aproximou o setor do pico histórico alcançado em maio de 2011. "Estamos apenas 1,6% abaixo do pico", declarou o técnico do IBGE.

O impulso veio basicamente do segmento de bens de capital. O setor vem contabilizando expansão bem acima do resto da indústria nacional. Pelos dados do IBGE, esse setor acumula alta de 18,3% na atividade, contra uma média da indústria de 3,2%.

Por ser um segmento mais ligado à atração de investimentos para o país, observou Macedo, o desempenho no primeiro semestre dá mais qualidade ao resultado da indústria. No comparativo mensal, o crescimento da produção nacional em junho foi o mais disseminado desde junho de 2008. Das 27 atividades acompanhadas, 22 ampliaram produção.

As maiores contribuições positivas vieram de indústria farmacêutica (8,8%), máquinas e equipamentos (3,2%), outros equipamentos de transporte (8,3%) e veículos automotores (2%).


Fonte: Diário do Comércio – 02/08/2013

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Alemanha oferta emprego a estrangeiros

BERLIM, 23 julho 2013 (AFP) - A Alemanha recorreu à imigração seletiva para solucionar sua falta de mão de obra, abrindo alguns postos a trabalhadores de fora da União Europeia.
 Pela primeira vez, a maior economia da UE publicou nesta segunda-feira uma lista que agrupa 18 setores com necessidade de pessoal.
 Encanadores, enfermeiras, maquinistas, pessoas para trabalhar em asilos e técnicos especializados em mecânica: estas são algumas das profissões que possam exercer os imigrantes não europeus que o desejam.
 Berlim, que no ano passado facilitou a permissão de residência a profissionais altamente qualificados, quer agora fazer o mesmo com especialistas de grau médio.
 A única condição é que os estrangeiros apresentem um diploma que confirme sua formação.
 Até agora, a Alemanha negociava acordos bilaterais com as agências de emprego quando necessitava algum tipo de pessoal, informou um porta-voz do Ministério de Economia.
 Era o caso do pessoal da saúde procedente de Filipinas e da Croácia, disse.
 "É uma pequena revolução, já que pela primeira vez a Alemanha se abre realmente às pessoas de qualificação média", declarou à AFP Thomas Liebig, economista da OCDE.
 Segundo um estudo desta organização apresentado em fevereiro, "a Alemanha era um dos países da OCDE com menos barreiras à imigração de trabalhadores altamente qualificados", mas de trabalhadores sem diploma universitário era difícil.
 A OCDE disse então que a Alemanha recebia, a cada ano, cerca de 25.000 trabalhadores procedentes de países de fora da UE e de fora da Associação Europeia de Livre Comércio, o que representava cerca de 0,02% da população.
 As cifras da Austrália, Dinamarca, Canadá e Reino Unido são cinco vezes maiores.

O país mais envelhecido da Europa
A Alemanha, onde 42% da população tem mais de 50 anos e a taxa de natalidade é muito baixa, está sendo levada em conta da emergência da situação.
 Apesar de as pessoas mais velhas podem trabalhar mais tempo, a Alemanha aceita agora a imigração como uma das soluções para seus problemas demográficos. O país está longe do famoso e polêmico slogan eleitoral de um dos chefes do Partido Cristiano Democrata, Jürgen Rüttgers, que em 2000 dizia que era preferível que os alemães tiveram mais crianças a que contrataram a informáticos indianos.
 A Alemanha abre agora os braços não só aos trabalhadores dos países europeus em crise ou da Europa oriental.
 Em uma página web titulada "Make it in Germany", os Ministérios da Economia e Trabalho, assim como a Agência de Emprego, informam em inglês e em alemão das ofertas trabalhistas, com um foto de uma africana ou um asiático.
 "No verão passado, a Alemanha decidiu autorizar a estada, depois de sua formação aos jovens de fora da UE que vieram a estudar ao país", disse Liebig.
 As PYMES, espinha dorsal da economia alemã, são as que mais problemas de mão de obra têm, como mostra a lista de trabalhos publicada na segunda-feira, onde se precisa a falta de pessoal especializado em eletrônica.
 O alemão continua sendo, contudo, um obstáculo, já que a maioria dos candidatos à imigração não falam o idioma quando chegam ao país.
 Segundo Karl Brenke, economista do instituto de Berlim DIW, esta política de abertura esconde em realidade uma nova pressão sobre os salários.
 "Não é preciso mão de obra na Alemanha", disse à AFP, e põe o exemplo do "pessoal médico alemão, que prefere trabalhar na Escandinávia ou na Suíça, onde os salários e as condições de trabalho são melhores".
 "Este chamado à imigração é uma forma de cortar os salários", afirma.


Fonte: Site Isto é Dinheiro – Economia – 01/08/2013

Dilma Rousseff participará de evento especial da Vale

Dilma Rousseff com  Murilo Ferreira, presidente da Vale.
Brasília – A presidenta da República, Dilma Rousseff, vai participar do lançamento de dois projetos que envolvem investimentos bilionários da mineradora Vale. O convite foi feito hoje pelo presidente da empresa, Murilo Ferreira, durante audiência no Palácio do Planalto. Ele informou que o evento com a participação da presidenta deve ocorrer dentro de 60 dias.
Uma das iniciativas é o Projeto Salobo, para produção de cobre no Pará, com investimentos acima de R$ 4 bilhões. Segundo o representante da Vale, o empreendimento visa a produzir 100 mil toneladas de cobre concentrado na primeira fase, e a empresa está investindo em uma expansão para mais 100 mil toneladas na segunda fase.
“É um montante significativo, e nós estamos entusiasmados porque cada vez mais se reduz a dependência brasileira do cobre”, disse o executivo, ao sair da audiência que durou cerca de duas horas.
Segundo Ferreira, a presidenta também foi informada da fase final do processo para ingresso de três novos acionistas na VLI, o braço logístico da Vale. A disputa envolveu 26 atores do cenário econômico, e o resultado será definido pelo Conselho Administrativo da empresa no dia 31 de julho.
A presidenta Dilma participará da cerimônia de homologação dos nomes, que também contará com a presença de acionistas estrangeiros. Ferreira não adiantou o nome dos finalistas, mas disse que os postos foram disputados por investidores financeiros, fundos soberanos e investidores especializados em logística. “Foi certame com disputa extraordinária”.
Os novos acionistas da VLI contribuirão com parte dos R$ 8,9 bilhões destinados a melhorias na infraestrutura de portos e de ferrovias no país. Um dos trechos liga o interior de Minas Gerais ao Porto de Santos, que, segundo Ferreira, terá o tamanho multiplicado por sete. “Esperamos ver desaparecer filas de caminhões e o acúmulo na safra brasileira". Outro segmento da VLI sai de Anápolis, em Goiás, e vai até São Luís do Maranhão.
OPORTUNIDADE
De acordo com o diretor da Vale, a presidenta reconheceu a importância dos projetos da iniciativa privada para dar uma “resposta contundente” pelo desenvolvimento de um sistema portuário e ferroviário mais eficiente. “A logística no Brasil é uma oportunidade”, analisou.
Ferreira disse que também dividiu preocupações com a presidenta sobre o cenário internacional. “Muitas vezes ficamos presos ao que está sendo discutido no Brasil e há desafios enormes que estão sendo enfrentados mundo afora”, ponderou. Segundo o executivo, eles discutiram a situação política e econômica de países como os Estados Unidos e a China, além dos pertencentes ao bloco da União Europeia.

Fonte: Site da Agência Brasil – 01/08/2013


Seguro vai ser corrigido a 9%

BRASÍLIA - O governo pode mudar a fórmula de correção do seguro-desemprego a partir de agosto, informou nesta terça-feira, 23, o secretário de políticas públicas e emprego do ministério do Trabalho, Sérgio Vidigal. Horas após o anúncio, contudo, o Ministério da Fazenda emitiu nota negando a alteração.
O seguro-desemprego de quem recebe mais de um salário mínimo de benefício poderia voltar a ser corrigido pela mesma fórmula aplicada ao salário mínimo, que leva em conta a inflação passada e o crescimento da economia. Com isso, o reajuste passaria de 6,2% para 9%. Cerca de 50% dos que têm direito ao seguro-desemprego poderiam ser beneficiados pela medida.
Segundo Vidigal, a mudança deveria ser aprovada na próxima reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), marcada para 31 de julho. O secretário informou que a mudança custará R$ 250 milhões até dezembro.
Segundo ele, o Ministério da Fazenda demonstrou preocupação, mas acabou dando sinal verde para a medida. "Lógico que a Fazenda resistiu. A orientação é cortar", destacou.
O secretário disse que o Tesouro não deve ter que fazer novo aporte para cobrir os R$ 250 milhões. Segundo ele, já está prevista uma transferência ao ministério do Trabalho de R$ 7 bilhões este ano, como compensação das desonerações de PIS/Pasep que foram feitas para várias setores. Ele acredita que este montante será suficiente para cobrir a nova despesa com o reajuste do seguro-desemprego.
No entanto, o ministério da Fazenda reforçou que não há decisão tomada a respeito da mudança de fórmula de reajuste do seguro-desemprego. A pasta afirma não ser conveniente aumentar despesas nesses momento. Para a Fazenda, não se justifica mudar uma decisão já tomada pelo próprio ministro do Trabalho anteriormente, que é a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A posição da Fazenda é de que os critérios já foram estabelecidos e que não se justifica nova alteração.
Cálculo do reajuste
 No início deste ano, a fórmula para reajuste dos benefícios acima de um salário mínimo passou a usar apenas a variação de preços registrada pelo INPC. Isso significou uma correção de cerca de 6,2%, em vez dos 9% que estariam garantidos pelo modelo igual ao do salário mínimo. Se aprovada, a volta da correção pelo salário mínimo valerá até dezembro. A continuidade no ano que vem dependerá de nova aprovação pelo Codefat.
O secretário explicou que um grupo de trabalho irá propor ações para o seguro-desemprego, não só quanto à fórmula de reajuste, mas também de redução às fraudes nos pagamentos. Vidigal disse que houve uma reunião na Casa Civil há cerca de três semanas, com representantes de seis ministérios, na qual ficou acertada a mudança na correção.
(Com Agência Brasil)

Fonte: Site do Estadão – Economia e Negócios - 01/08/2013