domingo, 24 de março de 2013

Ver-o-Peso comemora 386 anos com roteiro geoturístico

Foto: Tarso Sarraf

Um dos principais cartões portais de Belém, o porto do Mercado do Ver-o-Peso, completa 386 anos e, para celebrar a data, a Universidade Federal do Pará (UFPA) organiza um passeio geoturístico no local, programado para o próximo domingo (24). A programação é gratuita e pretende mostrar um pouco mais sobre os encantos e a história do principal símbolo da capital paraense.

O roteiro geoturístico 'Do Complexo do Ver-o-Peso ao Porto: Percorrendo e revelando paisagens no centro histórico de Belém' é organizado pelo Grupo de Pesquisa de Geografia do Turismo da Universidade Federal do Pará (GGeotur/UFPA).

Segundo a professora Maria Goretti, coordenadora do projeto, será uma ótima maneira de celebrar o aniversário desse importante centro histórico e ainda valorizar o patrimônio material e imaterial da cidade.

'O roteiro percorrerá importantes construções da época colonial e da Belle Époque, mas também passaremos por lugares como o Mercado de Carne e pelas erveiras, para mostrar um pouco do saber cultural da nossa região, que assim como as edificações, são de extrema importância para a história de Belém', afirma a professora.

Praça do Pescador, Igreja e Largo das Mercês, Boulevard Castilho França e Prédio da CDP também são algumas das rotas do passeio, que deve terminar ao meio dia no Forte São Pedro Nolasco.

Aos interessados em participar do roteiro, basta enviar a ficha de inscrição preenchida para o e-mail roteirogeoturistico@gmail.com. A organização do evento recomenda aos participantes irem de tênis, bonés, protetor solar e roupas leves. As inscrições são abertas ao público e gratuitas. A concentração será no Terminal Turístico da Estação das Docas às 8h30.

Fonte: UFPA - 21/03/2013 - 15:20 – Belém

Qualidade de vida no trabalho tem de envolver todos os departamentos e não apenas RH


Se qualidade de vida é um tema amplo, no trabalho ele também se expande e ultrapassa os limites do departamento de Recursos Humanos. O ideal é que o conceito seja incorporado por toda a empresa, de tal forma que se estabeleça como um valor agregado da instituição, sustenta Ana Cristina Limongi França, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP).

A docente, que coordena o Núcleo de Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho, fez palestra no comitê estratégico Gestão de Pessoas da Amcham-São Paulo na última quinta-feira (07/03). Ela falou ao site após discutir com gestores de pessoas formas de alcançar maior bem-estar no mundo corporativo.

Segundo Ana Cristina, é preciso analisar as relações no trabalho e fazer sua gestão com o foco em benefícios externos (corpo) e internos (emocional) para a saúde dos funcionários. O conceito, porém, não deve se limitar ao departamento de Recursos Humanos.

“Esse assunto não perpassa apenas os recursos humanos, mas também envolve saúde, segurança e imagem da companhia”, explica.

Valor agregado

A professora entende que, se o tema for incorporado a todas as atividades corporativas, gera valor agregado para o negócio. “Tudo o que a empresa faz bem feito aumenta o valor das ações, se ela tiver capital aberto, e se reflete inclusive em relações comerciais diferenciadas”, exemplifica.

Segundo Ana Cristina, a maioria das empresas ainda não compreende de modo amplo o comportamento dos profissionais, apesar de os índices de assédio moral e depressão ainda serem altos no ambiente corporativo.

Ela propõe uma agenda de qualidade de vida com foco biológico (hábitos saudáveis), psicológico (autoestima e conhecimento), social (educação e consumo) e organizacional (ergonomia e clima), e diz que cada empresa deve analisar o que, dentro desses parâmetros, pode ser feito na prática para ter efeito positivo sobre a vida dos funcionários.

“É possível haver ações comunitárias, de saúde, artísticas e de outras áreas. Um coral, por exemplo, pode melhorar muito a vida social das pessoas. Quanto mais saudável é a vida social, mais produtivas as pessoas se tornam”, cita.

Durante a atividade laboral, o conceito deve virar prática. Ana Cristina alerta que não há mais espaço para autoritarismos. A hora é de uma gestão com base em cultura de respeito. “Isso caracteriza um olhar humanizado nas relações de trabalho. Se toda a empresa tem essa cultura, a qualidade de vida se torna o ‘bolo’ e não apenas a ‘cereja’”.

Fonte:  Câmara Americana de Comércio, Publicado em 14 de Março de 2013 às 14h51.

Dilma propõe parceria com Legislativo ao anunciar política para proteger consumidor


A parceria entre os três poderes da República para a efetivação dos direitos dos cidadãos foi destacada, nesta sexta-feira (15), no Palácio do Planalto, durante cerimônia em que o governo federal comemorou do Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, (15 de março) e lançou o Plano Nacional das Relações de Consumo e Cidadania. O plano reúne medidas para proteção do consumidor e foi elaborado a partir de propostas defendidas pelos órgãos de defesa do consumidor, com a participação de vários ministérios, de agências reguladoras e do Banco Central.

Na cerimônia, que contou com a presença do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a presidente Dilma Rousseff enfatizou que a medida representa uma nova política de Estado, que vai regulamentar e modernizar as relações de consumo no Brasil.

– O sucesso de nosso trabalho será garantido mesmo pelas instâncias técnicas que vão trabalhar de forma integrada para a solução dos problemas dos consumidores. Como igualmente, é muito importante, para não dizer que é estratégica, a ação harmônica conjunta dos três poderes da República – acrescentou a presidente.

No evento, Dilma assinou um decreto que cria a Câmara Nacional de Relações de Consumo e outro que regulamenta o comércio eletrônico no Código de Defesa do Consumidor. Além dos decretos, um projeto de lei que também altera o CDC será enviado ao Congresso para reforçar o papel dos Procons, apertar a fiscalização sobre as empresas e aumentar a multa por desrespeito aos direitos do consumidor.

Fonte: Agência Estado, acessado em 15/03/2013 - 12h50 Presidência - Atualizado em 15/03/2013 - 14h37

Lei dos Royalties entra em vigor sem vetos. RJ e ES vão ao Supremo


Já estão em vigor os dispositivos da Lei dos Royalties do petróleo (12.734/2012) que tinham sido vetados no final do ano passado pela presidente Dilma Rousseff. Esses trechos foram restituídos ao texto da lei por meio do ato publicado nesta sexta-feira (15), no Diário Oficial da União (DOU).

Os 142 vetos presidenciais à Lei dos Royalties foram derrubados pelo Congresso Nacional no dia 7 de março. A decisão beneficiou estados e municípios não-produtores de óleo e gás natural.

Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do Espírito Santo, Renato Casagrande, já recorreram ao Judiciário, ingressando com ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) no Supremo Tribunal Federal (STF). Eles alegam que as alterações nas regras violam a Constituição e o Pacto Federativo. O processo vai ser analisado pela ministra Cármen Lúcia.

A nova legislação prevê um rateio mais igualitário dos royalties do petróleo entre estados e municípios, e a derrubada dos vetos estende esta nova distribuição a contratos em vigor. Atualmente, a parte dos royalties destinada a estados e municípios onde não há extração de óleo é de 7% e 1,75%, respectivamente. Com a nova lei, eles passarão a receber 21%, chegando a 27% em 2020.

Em contrapartida, os estados produtores, que hoje ficam com 26,25%, ficarão com 20%. Já o percentual de participação dos municípios produtores cairá dos atuais 26,25% para 15% em 2013, chegando a 4% em 2020.

Em entrevista na manhã desta sexta-feira, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), afirmou que a lei dos royalties é “matéria vencida”, mas defendeu mudanças nos sistema de cobrança do ICMS para que Rio de Janeiro e Espírito Santo não sejam tão prejudicados.

– Por que o estado produtor de petróleo tem que abrir mão de 100% do imposto na origem, destinando-o para o estado de destino? O Rio de Janeiro, maior produtor de petróleo do país, não cobra ICMS na origem, e as refinarias do estado de São Paulo ficam com todo o ICMS do óleo produzido pelo Rio – afirmou.

Fonte: Anderson Vieira: Agência Senado acessado 15/03/2013 - 13h50 Especial - Atualizado em 15/03/2013 - 14h01

quarta-feira, 20 de março de 2013

Policiais Civis realizam ato por reajuste salarial em Belém


Cerca de cem policiais civis filiados ao Sindpol (Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil) realizam um protesto, na manhã desta terça-feira (20), em frente à Sead (Secretaria Estadual de Administração), na Travessa do Chaco, próximo à Almirante Barroso. Eles exigem melhores salários, condições de trabalho e, principalmente, segurança para o trabalho. A categoria ameaça entrar em greve se não for recebida para negociação com a Sead. Os servidores fecharam a Avenida Almirante Barroso em protesto.

Os servidores querem a incorporação de um abono, no valor de R$ 540, no salário atual de R$ 670. A data base da categoria é em abril. Além disso, eles pedem melhores condições de trabalho. 'O Governo investe em reforma, compra de equipamento e não investe no recurso humano, não contrata mais policiais para as delegacias e não tem segurança para trabalhar, vários já morreram', reclama o presidente do Sindpol, Rubens Teixeira.

A entidade também se posiciona contra a decisão recente da Secretaria de Segurança Pública, que repassou aos policiais militares a competência de também registrar BO (Boletim de Ocorrência). 'Não concordamos. O que deviam fazer era concurso público e nomear mais servidores da polícia civil ao invés de dar mais trabalho para a PM', opina Teixeira. O sindicato também pede a nomeação de 54 delegados e 27 policiais civis, entre investigadores e escrivães, do concurso C149, de 2010.

Outro lado- Em nota a Secretaria de Estado de Administração (Sead) informa que, em cumprimento aos compromissos que o governo do Estado tem buscado honrar com o conjunto dos servidores públicos, especialmente no que se refere ao mês de revisão anual de salários, previsto no Regime Jurídico Único (RJU) - que é o mês de data-base - abril - agendou reunião com um conjunto das categorias sindicais, para a próxima quinta-feira (21), às 9h30, na sede da Sead.

A atitude, segundo a Sead, busca estabelecer uma política de reajuste salarial que objetiva não acumular perdas salariais e abranger o a totalidade dos servidores públicos, de forma equânime, respeitando o equilíbrio fiscal e financeiro do Estado.

Neste sentido, o governo do Estado considera que não há nenhum descumprimento de compromisso com os servidores públicos, posto que a data-base é abril e o reajuste a ser acordado com os servidores só incidirá na folha ao final do citado mês, de acordo com a revisão que for estabelecida.

A Secretaria lembra ainda que, faltam cerca de 22 dias para que a folha de pagamento do mês de abril seja processada. Então, não há nenhum descumprimento. A exemplo do que fez em 2011 e 2012, em que nenhuma categoria teve perdas em decorrência da inflação, os ganhos obtidos ao longo desses 2 anos variaram de 20% a 42%, inclusive como é o caso dos policiais civis, que tiveram um reajuste de 23% em média. Não existem perdas acumuladas.

Redação Portal ORM
Fotos: Bruno Magno (Portal ORM).

terça-feira, 19 de março de 2013

SindQuímicos de Barcarena Luta por mais Dignidade para Trabalhadores!


Em uma luta que já vem desde 2007, quando assumiu a Gestão do SindQuímicos de Barcarena, a Diretoria Renovação e Trabalho busca negociar a retomada do Programa “Imóvel na Planta”, realizado pela Alunorte e Albras.

Conforme o documento cuja capa é representada ao lado, e que foi distribuído para os moradores do Residencial, a maioria dos trabalhadores ficou de fora do Programa, você que tem mais de 8 anos na empresa sabe disso, o que tem gerado até os dias de hoje sofrimento e dor em muitos trabalhadores da Hydro Alunorte, que pagam elevados aluguéis para poder estar mais perto de seu trabalho, a final todos sabem que a empresa está localizada em um local de difícil acesso e não é servida por transporte público regular que atenda sua demanda, que o diga as “Horas Itineres”.

Agora a história vai mudar, com a Diretoria Renovação e Trabalho em fase de cadastramento do Sindicato dos Químicos no Ministério das Cidades, será possível a construção de até 200 imóveis, o que permitirá a grande maioria dos trabalhadores que hoje não tem sua casa, adquiri-lá por um valor justo e assim sair do aluguel.

A primeira etapa para a realização deste sonho começará nesta sexta-feira, dia 22 de Março, quando será realizada Assembleia Geral Extraordinária, conforme Edital de Convocação a baixo e publicado no Amazônia Jornal, para atualização do Estatuto da entidade, conforme exige o Código Civil Brasileiro e o Ministério das Cidades, permitindo assim a Homologação do SindQuímicos de Barcarena como Entidade Organizadora do Programa “Minha Casa Minha Vida” pelo FDS, Fundo de Desenvolvimento Social, realizado por Entidade Civil Organizada, como é o caso do Sindicato dos Químicos.

Também já foi entregue à Diretoria da Hydro Alunorte, documento que solicita a doação do terreno que complementa o “Residencial Cabanos”, estando o Sindicato aguardando a avaliação dos responsáveis por este processo.

Além disso, brevemente será apresentado aos trabalhadores o Pré-projeto dos imóveis, com desenho arquitetônico virtual, a fim de ser avaliado e receber as propostas dos trabalhadores.

Você terá até o dia 21 de março para apresentar propostas que possam servir na revisão do Estatuto, caso estejam de acordo com a Legislação brasileira.

Participe esta é mais uma oportunidade que a Diretoria Renovação e Trabalho traz para você, de decidir os rumos do seu Sindicato.


Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias químicas do município de Barcarena – Pa.
EDITAL DE CONVOCAÇÃO.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas do Município de Barcarena – PA, inscrito no CNPJ sob o nº 03.614.747/0001-28 e registrado no MTE 460006996, torna público em observância ao que dispõe o artigo 46º do estatuto e convoca Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada no dia 22 de março de 2013, no horário das 06:00h em primeira convocação  com a exigência da presença da maioria dos associados, caso este quorum não seja atendido, ocorrerá às 06:30h, segunda e última convocação com os associados presentes, na Portaria da empresa Alunorte S/A, denominada “Chapeira”, cito à Rodovia PA 481, Km 12, S/N, com término previsto para as 17h, para apreciação e votação da proposta de revisão do Estatuto do Sindicato.
Para a efetiva participação dos Associados, serão seguidos os seguintes procedimentos:
1.      Disponibilizadas cópias do Estatuto Atual, para uso e referência, na Sede do Sindicato.
2.      Disponibilizadas urnas, na Sede do Sindicato e na “Chapeira” da Alunorte S/A, entre as 08:00h do dia 19 e as 17h do 21 de março de 2013, para o recebimento de propostas a serem inseridas no novo Estatuto, caso estas estejam de acordo com a Legislação em vigor.
3.      O recebimento dos votos ocorrerá através de urnas localizadas na Portaria da empresa Alunorte S/A, denominada “Chapeira”, cito à Rodovia PA 481, Km 12, S/N e na Sede do Sindicato, na Rua. D. Romualdo Coelho, Quadra 377, lotes 32 e 33, Vila dos Cabanos.
Barcarena, 18 de março de 2013.
Antonio R. Gaspar da Silva                     Scyllas Batista de Sena
Diretor Presidente                                     Diretor Secretário

quinta-feira, 14 de março de 2013

Parceria SindQuímicos e Estação Conhecimento beneficia quase 300 moradores de Barcarena


“Mais uma vez eu vejo a importância de uma Diretoria de Sindicato que se preocupa em beneficiar seus associados e a comunidade de Barcarena”, este foi o comentário de uma das alunas dos Cursos de Qualificação, realizados este mês na Sede do SindQuímicos de Barcarena.

Enquanto várias entidades que foram procuradas para apoiar este empreendimento, simplesmente fecharam suas portas, mais uma vez a Diretoria Renovação e Trabalho, entendendo a importância que este tem para a Comunidade, abriu as portas da entidade beneficiando seus associados, dependentes e a comunidade em geral.

CURSOS OFERECIDOS:
Atendimento ao Cliente/ Auxiliar Administrativo/Recepcionista/ Técnicas de Vendas.

PERÍODO DOS CURSOS:
De 11 a 28 de Março, pela manhã e tarde.




Trabalhadores irão escolher os representantes da PR 2013

Iniciou nesta segunda-feira, dia 11 de março, indo até o próximo dia 15, as inscrições para os trabalhadores que queiram compor a Comissão Negociadora da PR 2013, este que é um dos maiores benefícios existentes nas empresas da Norsk Hydro, em especial este da Hydro Alunorte, que é o segundo maior entre todas.

O Sindicato convida o trabalhador que possui um bom conhecimento técnico de sua área para participar, contribuindo assim para a formulação de propostas que ajudem no bom desempenho da premiação no final do ano.

A Diretoria Renovação e Trabalho estará participando diretamente das negociações, com dois representantes, conforme determina a Lei 10.101/2000, são eles: O Vice-presidente Sergio Paulo Santiago – Operador III da GEPRO II - Digestão e o Tesoureiro do Sindicato Paulo Guilherme Paiva – Operador de SDCD da GEPRO II.

            A Comissão de Negociação da PR 2013 terá em sua composição três vagas para trabalhadores, os quais serão eleitos em votação secreta. Sendo importante esclarecer que somente poderão compor esta Comissão aqueles trabalhadores que ainda não estejam participando de outras Comissões, como a CIPA, por exemplo. Outro fato é que os membros da Comissão de PR não tem qualquer tipo de estabilidade funcional.

Ganhos da PR nos últimos 6 anos


Nos últimos anos a Diretoria Renovação e Trabalho lutou muito para que a PR na Hydro Alunorte fosse uma das maiores do Grupo Hydro, o resultado é a evolução vista na tabela e gráfico abaixo, este é o Resultado de um trabalho sério e competente de uma Diretoria Sindical, voltada para o Trabalhador.

      

quarta-feira, 13 de março de 2013

“Habemus Papam” - Anuncia a reportagem da Rede Globo

Agora á pouco às 15:05h, horário de Brasília, do dia 13 de março de 2013, a reportagem da Rede Globo anunciou, que foi escolhido o novo Papa, após quase dois dias de Conclave.

A Igreja Católica tem um novo papa: o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76, arcebispo de Buenos Aires, foi o escolhido. A fumaça branca liberada pela chaminé da Capela Sistina às 19h05 (horário local, 15h05 em Brasília) desta quarta-feira (13) mostrou que os 115 cardeais chegaram a um nome de consenso. O novo papa foi anunciado em latim, da sacada da Basílica de São Pedro, cerca de uma hora depois.

O nome adotado pelo novo papa foi Francisco I e foi ouvido pela primeira vez por um cardeal que anunciou "habemus papam" (temos um papa) para a multidão reunida na praça. Este é o primeiro papa latino-americano e o nome adotado por ele é inédito. A escolha do cardeal foi uma surpresa, já que seu nome não figurava entre os mais cotados nos bastidores e nas casas de aposta.

Em seu primeiro pronunciamento, o papa pediu aos fiéis que orem por Deus para que ele abençoe seu caminho, que "deve ser de amor e irmandade" e brincou com sua nacionalidade ao dizer: "parece que os cardeais foram buscar o novo pontífice no fim do mundo".

Jorge Mario Bergoglio recebeu ao menos 77 votos dos cardeais-eleitores, o que configura dois terços do total.

A Praça de São Pedro entrou em uma explosão de comemorações depois que a fumaça branca surgiu da chaminé. Os sinos da Basílica de São Pedro repicaram dando a boa nova ao pontífice, que passou à chamada sala das lágrimas para se vestir com batina branca e sapatos vermelhos.

As pessoas presentes na praça se abraçaram, choraram e se encaminharam à Basílica para receber o novo papa e ouvir suas primeiras palavras ao mundo como pontífice.

A eleição do novo papa vem após a súbita e surpreendente renúncia de Bento XVI, de 85 anos. Ele deixou o cargo no último dia 28 de fevereiro, alegando não ter mais forças para liderar a Igreja, em um momento em que ela enfrenta vários problemas, dos escândalos de abusos sexuais às acusações de corrupção no Banco do Vaticano.

O conclave anterior, de 2005, durou dois dias e levou três rodadas de votação para eleger Joseph Ratzinger como novo papa -- exatamente como a escolha deste ano.

Processo

Os cardeais foram trancados na Capela Sistina na tarde de terça-feira (12) depois de cada um jurar, em latim, com a mão sobre o Evangelho, que manterá segredo sobre os procedimentos e discussões do conclave.

Em seguida, o mestre papal de cerimônias, Guido Marini, fez o anúncio de Extra omnes -- 'Todos para fora' -- o chamado para que todos os não participantes do conclave deixassem o recinto.

Em seguida, a Capela Sistina foi trancada por fora. A partir deste momento, os cardeais passaram a comer, votar e dormir em áreas isoladas do mundo e dos meios de comunicação até terem cumprido a tarefa de escolher o novo papa.

Aparelhos bloqueadores de sinais de celular e internet foram instalados na Capela Sistina e na Casa de Santa Marta, onde ficam os quartos em que os cardeais passaram a noite.

*Com informações das agências internacionais
Fonte: http://noticias.br.msn.com/especial/escolha-do-novo-papa/igreja-cat%C3%B3lica-tem-um-novo-papa-cardeal-argentino-%C3%A9-escolhido

terça-feira, 12 de março de 2013

Belém vai receber audiência da CPI do Trabalho Escravo. estado lidera "Lista suja"


No próximo dia 25, a CPI do Trabalho Escravo promoverá uma audiência pública em Belém, no Pará. O objetivo da reunião dos parlamentares é ouvir relatos sobre a prática no Estado, que possui 59 nomes, entre pessoas físicas e empresas, dos 220 citados no País na chamada "Lista suja do trabalho escravo no Brasil". Um balanço divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), no início deste ano, apontou a identificação de 189 casos de trabalho escravo em 2012 no País, com a libertação de 2.723 pessoas. O número de trabalhadores resgatados aumentou 11% em relação ao ano anterior. O Pará retomou ao topo do ranking do trabalho escravo: 50 casos, 1.244 trabalhadores envolvidos e 519 libertados.

A visita ao Pará será feita pelo mesmo grupo que esteve na última semana na Bolívia, na missão de conhecer como é feito o aliciamento das vítimas de exploração do trabalho escravo no setor têxtil paulista. A viagem de três dias foi proposta pelo deputado federal Cláudio Puty (PT-PA), presidente da CPI, após participar de ações de resgate do Ministério do Trabalho que apontavam a Bolívia como a principal fonte de mão de obra escrava nos centros urbanos.

"Acompanhamos ações do Grupo Móvel e verificamos que a exploração da mão de obra análoga à escrava faz parte de uma complexa estrutura que, além de ferir direitos humanos, prejudica fortemente a economia em nosso País. Para um combate eficaz a esta chaga, precisamos tomar medidas que contemplem o cuidado desde o aliciamento até a responsabilização do grande empresário que comercializa produtos frutos desta rede de exploração", explica Puty.

Os primeiros passos da comitiva no país vizinho foram em El Alto, uma cidade eminentemente indígena fundada há 28 anos, a cerca de uma hora da capital La Paz. Lá encontraram uma série de pequenas agências de anúncio com cartazes que estampavam promessas de emprego, principalmente para mulheres jovens em oficinas de costura na cidade de São Paulo. Os anúncios trazem a oferta de pagamento de salários abaixo do mínimo permitido pela legislação brasileira e, mesmo assim, representam um sonho de vida melhor para os bolivianos.

Nas ruas os deputados conversaram com pessoas que confirmaram esta realidade. Uma senhora, que preferiu não ser identificada, ao saber que se tratava de parlamentares brasileiros, fez questão de contar emocionada a história de sua filha de 20 anos que foi levada, há duas semanas, para trabalhar para seu sobrinho, que lhe garantiu um salário de R$ 150,00 mensais. "Sei que ela busca uma vida melhor, mas sinto sua falta e tenho medo porque é a primeira vez que saiu de casa", disse a boliviana.

Segundo o tenente Erick Israel, responsável pela Divisão de Tráfico de Pessoas da Polícia Nacional da Bolívia, o número de pessoas aliciadas anualmente é alto e as principais vítimas são mulheres menores de idade. "Frequentemente recebemos queixas de pais que perderam o contato com seus filhos no Brasil e pedem nossa ajuda para reencontrá-los. Eles entram nas estatísticas dos desaparecidos que no mês de fevereiro já chega a 49 casos, destes cinco são mulheres menores de idade. Nossa média de êxito no reencontro é de 40%", disse Erick. Há apenas seis meses foi criada a Lei de Combate ao Tráfico de Pessoas na Bolívia, mas até então a estrutura administrativa do Estado para sua implementação ainda não está pronta.

"Esta posição de conformismo não nos dá respaldo para aceitar que práticas desumanas aconteçam no Brasil. Caso o boliviano queira trabalhar em nosso País, a ele deve ser dada a oportunidade de emprego digno, com salário e direitos garantidos a todo trabalhador", afirmou o presidente da CPI.

Fonte:http://www.orm.com.br/amazoniajornal/interna/default.asp?modulo = 222&codigo = 634741, acessado em 12/03/2013 às 15:40h.

OAB quer derrubar limite de dedução com educação no IR


SÃO PAULO - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tentará derrubar no Supremo Tribunal Federal (STF) os limites para dedução das despesas com educação no imposto de renda. A ação deverá ser protocolada no STF nesta semana e contestará os limites definidos para a dedução do imposto a ser pago nos anos de 2013 a 2015.

Os advogados argumentam que os gastos com educação deveriam ser excluídos da tributação por ser uma despesa indispensável "à manutenção da dignidade humana". E não deveria, portanto, haver um limite para a dedução desses gastos no acerto com o Fisco.

"Cumpre saber (...) se as despesas realizadas pelo cidadão com a instrução própria e de seus dependentes situam-se entre as indispensáveis à manutenção da dignidade humana, que deve ser excluídas da tributação. Não temos dúvida responder positivamente, diante da essencialidade da educação para o crescimento individual e para o desenvolvimento nacional", afirmou o conselheiro federal Luiz Cláudio Allemand, responsável por relatar a proposta na OAB.

Ele ressaltou, no voto aprovado pelo Conselho Federal da OAB, que as vagas oferecidas pela rede pública de ensino são insuficientes para atender à demanda da sociedade. Além disso, a qualidade do ensino nas escolas públicas "por vezes deixa a desejar".

Por isso, argumentou, seria inconcebível limitar a dedução fiscal de quem "por uma razão ou pela outra, se viram compelidos a acorrer à rede privada". E os valores definidos em lei para o abatimento dos gastos com educação seriam também incompatíveis com o valor cobrado hoje pelas escolas particulares.

Regra

A legislação atual estabeleceu os tetos para dedução fiscal: R$ 3.091,35 para o ano-base 2012, R$ 3.230,46 para o ano de 2013 e R$ 3.375,83 para 2014. E pelo estudo que baseia a decisão da OAB de acionar o Supremo, 56% das escolas têm anualidade que varia de R$ 5 mil a R$ 10 mil. E 34% das escolas têm anualidade superior a R$ 10 mil.

Esses dados mostrariam, conforme a OAB, que a limitação violaria o conceito de renda como valor essencial para a existência digna do contribuinte e de seus dependentes e a garantia de que o cidadão não terá confiscado pelo Estado valor necessário para a satisfação destas despesas mínimas.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,oab-quer-derrubar-limite-de-deducao-com-educacao-no-ir,146792,0.htm - Acessado em 12/03/2013 às 15:30h.

Sindicatos bancários fazem eleições


As entidades que organizam os bancários no Pará já começaram a se movimentar para eleger seus novos representantes. Pelo menos cinco organizações devem passar pelo processo eleitoral neste primeiro semestre, entre elas a Associação dos Funcionários do Banco do Estado do Pará (AFBEPA) e a Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA). No caso da AFBEPA, duas chapas disputam o pleito, que ocorre amanhã. Dos mais de 1,2 mil funcionários do banco, pelo menos 670 devem participar da eleição que vai escolher os novos representantes da categoria. A chapa 1 tem a atual presidente da AFBEPA, Kátia Furtado, que está em seu segundo mandato. Já a chapa 2, é encabeçada pelo funcionário de carreira do banco, Paulo Setúbal.

Os eleitores associados na AFBEPA, bem como os integrantes da chapa 2, propõem à diretoria do Banpará a possibilidade do voto ser feito pela internet. Entre as principais demandas requeridas pelos funcionários do Banco do Estado do Pará (Banpará) registrados na Associação está à ampliação da rede de convênios, a aquisição de uma sede própria e um melhor atendimento aos associados.

Outros pontos que devem ser decisivos para a escolha do novo presidente da AFBEPA são a busca pela melhoria do plano de saúde, a ampliação do plano de carreira, cargos e salários (PCCR) e assemelhar o Plano de Assistência a Aposentadoria (PAA) ao disponibilizado pela Caixa Econômica Federal (CEF) aos seus funcionários. Além disso, o setor clama por fiscalizações nas agências, sobretudo em dias de pico de movimento, como nas datas de pagamento do funcionalismo público estadual. Por este motivo, os bancários cobram a realização de novos concursos públicos.

Fonte: http://www.orm.com.br/oliberal/ acessado em 12/03/2013 às 15:20h.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Benefícios por Incapacidade – A Evolução do Trato Judicial na PFE/INSS


Publicado em 29 de Outubro de 2012 | Autor: Laís Fraga Kauss

Resenha Editorial:
PALAVRAS-CHAVE: Benefícios por incapacidade; demanda judicial; perícia judicial; conciliação.

INTRODUÇÃO

A Autarquia Previdenciária é instada a se defender em inúmeras ações judiciais por todo o País semanalmente. Os temas envolvem todos os benefícios previdenciários concedidos e administrados pelo INSS; são pessoas insatisfeitas que buscam no Judiciário a concessão de seu pleito. A maior concentração de demandas, no entanto, é de aposentaria por idade rural e de benefícios por incapacidade, temporária ou definitiva.

A quantidade de pedidos de aposentadoria por idade rural é perfeitamente compreensível se considerada a realidade fundiária do Brasil. Trata-se de País com grande extensão de terras produtivas e, por outro lado, o benefício em questão só tem requisitos fático-probatórios, sem necessidade de contribuições mensais. Essas demandas, dessa forma, atingem enormes proporções nas cidades do interior do País.

Já, nas capitais, o público do INSS concentra-se na área urbana e os pedidos judiciais têm outro caráter. Envolvem principalmente reconhecimento de tempo trabalhado em condições especiais para a saúde, com a diminuição da sobrevida do trabalhador, e, em maior quantidade, os benefícios por incapacidade.

Este breve estudo pretende versar sobre a forma como são tratadas as demandas previdenciárias sobre benefícios por incapacidade nas Procuradorias Federais Especializadas junto ao INSS, com foco principal nas práticas adotadas pela PFE-INSS do Rio de Janeiro nos últimos cinco anos.

CONTEXTO JUDICIAL

Cerca de 70% das citações recebidas pela PFE-INSS nas capitais do Brasil versam sobre benefícios por incapacidade, conceito em que estão incluídos o auxílio-doença, o auxílio-acidente, a aposentadoria por invalidez e o benefício assistencial por deficiência. Em uma realidade como a do Rio de Janeiro, isso representa algo em torno de 325 novos processos semanais sobre o tema.

Há algumas explicações para essa concentração e volume de ações por incapacidade nas capitais: o ritmo das grandes cidades com o consequente desgaste para a saúde dos trabalhadores, o maior nível de informação da população urbana, o subjetivismo das decisões médicas, o histórico protecionista do Judiciário e o desemprego, entre outras. Não é o objetivo deste trabalho desenvolver a questão, talvez em uma próxima oportunidade.

Os processos são, em regra, ajuizados perante os Juizados Especiais Federais, tendo em vista que os indivíduos incapazes não geram renda e têm urgência em receber o provimento jurisdicional para o próprio sustento e da família, o que significa ajuizamento rápido e causas de pequeno valor de atrasados.

O procedimento jurisdicional nos Juizados Especiais Federais é peculiar e único, seja em decorrência do neoliberalismo processual, que exige produção e celeridade a qualquer custo, seja em razão do protagonismo judicial do Magistrado, que desvaloriza a discussão endoprocessual e privilegia as alegações do autor.

Tratando de benefício por incapacidade, o procedimento necessariamente gira em torno de uma perícia judicial. A perícia tem algumas finalidades: atestar a existência e o grau da incapacidade e indicar a sua data de início e provável duração.

A existência da incapacidade é pressuposto para todos os benefícios baseados na saúde do trabalhador, mas os demais aspectos – grau, duração e data de início – influenciam diretamente na espécie do benefício e nos aspectos formais exigidos pela lei – qualidade de segurado e carência.

A incapacidade pode ser parcial ou total, temporária ou permanente. A incapacidade parcial pode gerar direito a auxílio-doença, quando temporária, ou auxílio-acidente, quando permanente. A incapacidade total, por sua vez, se temporária, pode gerar direito a auxílio-doença e, se permanente, pode ser causa de aposentadoria por invalidez ou benefício assistencial.

Ainda, a data de início da incapacidade é o ponto crucial para, na análise das contribuições previdenciárias vertidas em nome do autor, verificar o cumprimento dos requisitos formais da qualidade de segurado e carência.

O procedimento padrão nos Juizados Especiais Federais não inclui prova pericial prévia à citação, isso porque os Tribunais impõem prazo de trinta dias do ajuizamento para a citação do réu, o que inviabiliza a realização do ato pericial e a juntada do respectivo laudo. As contestações da Autarquia Previdenciária, por conseguinte, acabam sendo genéricas, apenas para o fornecimento dos dados constantes nos sistemas do INSS. Não há como analisar os requisitos de concessão do benefício sem a produção da prova pericial, como já mencionado.

Nesse contexto, a discussão, a possibilidade de acordo e a formação da convicção fundamentada do Magistrado ocorrem após a juntada do laudo médico pericial do perito do juízo.

PERITOS JUDICIAIS E PERÍCIA PREVIDENCIÁRIA

A escolha dos peritos judiciais pelos Magistrados tem realidades diversas entre os grandes centros e o interior do País. Nos grandes centros, os Magistrados têm maior gama de possibilidades na nomeação de um especialista, ao revés do que ocorre nas cidades do interior.

Nas grandes cidades, o maior obstáculo é a remuneração dos peritos. Os honorários periciais fixados pela Justiça Federal são baixos em relação ao que cobra um médico de renome por uma consulta e demoram muitos meses para serem pagos. Além disso, a perícia judicial implica maior trabalho para o médico, pois a tarefa inclui a elaboração de laudo, resposta aos quesitos e, eventualmente, novas participações no processo. Em função de tudo isso, a escolha dos peritos nas grandes cidades acaba por incidir sobre médicos recém formados ou aleatoriamente escolhidos em guias de planos de saúde.

No interior do País, por sua vez, o maior obstáculo é a falta de opção e de especialistas. O Magistrado acaba sendo obrigado a submeter a sua pauta de perícias à disponibilidade da agenda do médico e às suas exigências de local e quantidade. Isso quando há a aceitação do médico em participar. Nointerior, é mais complicado tentar qualquer tipo de organização ou projeto que envolva perícias judiciais em razão da relação de dependência que se cria para com os poucos médicos disponíveis na localidade.

Soma-se ao problema da escolha a questão da especialização pericial. A perícia previdenciária tem características muito diferentes das atividades de consultório. O médico que atende um paciente no consultório tem por objetivo o diagnóstico e o tratamento de moléstias. Para isso, sua atividade se baseia no pressuposto de que tudo o que está sendo relatado pela parte é verdadeiro. O perito previdenciário, ao contrário, baseia-se em evidências e no conceito de capacidade laborativa, e não na existência da doença.

Diante do quadro existente para a escolha dos peritos judiciais, é evidente que exigir especialização em perícia previdenciária seria uma verdadeira utopia. No entanto, as realidades práticas precisam ser superadas e a qualidade dos atos periciais precisa evoluir para a melhor defesa do interesse público primário.

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Médicos peritos em atividade judicial



O quadro de servidores atuantes no apoio da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS é formado por servidores da própria Autarquia. A PFE-INSS é órgão do INSS, previsto em seu regimento interno. Embora exista o projeto em prática de unificação da defesa judicial exercida pelas Procuradorias Federais Especializadas em Procuradorias sob a égide da Procuradoria-Geral Federal, com estrutura garantida pela Advocacia-Geral da União, a previsão normativa é para que o quadro de apoio seja cedido à AGU.

O fato é que, enquanto a defesa judicial do INSS estiver sob o comando da Procuradoria Federal Especializada, o seu apoio é formado por servidores da Autarquia, assim como toda a estrutura física e material para funcionamento. O apoio da PFE inclui os médicos peritos em funções judiciais.

O quadro de servidores do INSS está muito defasado em relação à necessidade. A Autarquia está crescendo, abrangendo maior número de cidades, sem que, com isso, haja o correspondente aumento de servidores, administrativos e médicos.

Além disso, a Autarquia, como todos os demais organismos da Administração Pública, precisa de números, produtividade que justifique o orçamento, os servidores e as suas necessidades em geral. O apoio à PFE não gera números produtivos para esse fim, pois não entra nos quesitos estatísticos analisados pela Autarquia.

A falta de visibilidade, a carência de médicos peritos para trabalho direto com a população nas Agências da Previdência Social e a falta de previsão regimental dificultam muito a lotação de médicos nas Procuradorias e, consequentemente, o desempenho da assistência técnica nos processos judiciais de benefícios por incapacidade.

Dessa forma, a defesa da Autarquia nos processos de benefício por incapacidade está a exigir cada vez mais dedicação e tempo das chefias das Procuradorias, pois, para tentar superar os obstáculos trazidos pela necessidade de produtividade nas Agências e pela falta generalizada de médicos peritos disponíveis, é necessário demonstrar em números a importância e o resultado trazidos pela presença do corpo técnico no trabalho judicial.

Projetos e experiências

Tendo em vista todo esse contexto, em 2008 a PFE-INSS, no Rio de Janeiro, iniciou, com a participação de dois médicos peritos, o projeto denominado perícia prévia. Adotado por alguns dos Juizados Especiais Federais Previdenciários, consistia em proceder, antes da citação, a uma nova perícia com um médico perito do INSS.

Quando o perito concluía pela incapacidade, ao ser citada, a Procuradoria analisava os aspectos formais da qualidade de segurado e carência e tinha o laudo como base para a propositura de acordo judicial. Por sua vez, quando o perito concluía pela ausência de incapacidade, o processo seguia como se a perícia não houvesse existido, com contestação, perícia judicial e sentença.

O projeto não se mostrou benéfico. Na realidade consistia em proporcionar nova chance para rever um indeferimento administrativo que, na maior parte das vezes, tinha sido baseado em várias perícias administrativas, realizadas por médicos diferentes nas dependências das Agências da Previdência. Verificou-se que, em média, o segurado que ajuíza demanda judicial se submeteu a nove perícias administrativas diferentes antes de provocar o Judiciário.

Além disso, o projeto acabou por demonstrar que, ainda que fossem reduzidas as demandas que chegavam à instrução probatória em razão dos acordos realizados, os médicos peritos poderiam ser mais bem aproveitados.

A assistência técnica é mais que um momento de perícia simultânea, é oportunidade de transmissão e compartilhamento de conhecimentos técnicos para com os peritos judiciais, cuja importância pode ser claramente demonstrada pela exposição já feita.

Em sequência ao projeto das perícias prévias, em 2009, a PFE-INSS, no Rio de Janeiro, conseguiu iniciar um novo projeto de mais amplo objetivo. Formou-se um Núcleo de Assistência Técnica e Pericial, inicialmente com dois médicos, e os objetivos passaram a abranger a melhoria da qualidade da perícia judicial, e não apenas acelerar e reduzir o número de processos judiciais.

Os médicos, chefiados pela Dra. Adriana Hilu, idealizaram, negociaram e realizaram, em conjunto com a Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS e o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, uma semana de debates e exposições técnicas especialmente voltadas para o treinamento dos peritos judiciais. Esse foi o início do reconhecimento e da divulgação da importância dos aspectos técnicos que precisam estar presentes nas perícias previdenciárias.

Convidado pelo TRF da 2ª Região, o NATP da PFE-INSS no Rio de Janeiro elaborou, em conjunto com os peritos judiciais, quesitação mínima para várias especialidades de incapacidade. Essa quesitação foi divulgada como orientação aos Juizados Especiais.

A equipe de médicos foi aos poucos ganhando credibilidade e força junto à própria Autarquia e, com um acréscimo no grupo, atualmente com cinco integrantes, passaram a investir nas assistências técnicas e no novo projeto de perícias conciliatórias.

Perícias conciliatórias

As perícias conciliatórias são perícias realizadas em conjunto entre o perito judicial e o médico perito do INSS, com a confecção de um laudo único, antes da citação do réu, nas dependências neutras da Justiça Federal. A conclusão pela incapacidade gera concessão imediata e administrativa do benefício, com pagamento de atrasados de forma administrativa nos moldes da concessão ocorrida na Agência da Previdência, e extinção do processo sem julgamento do mérito por perda de objeto.

Os argumentos contrários levantados quando da ideia do projeto foram: os honorários do perito judicial e do advogado do autor em razão da extinção do processo, os juros dos atrasados, o atraso na citação do réu, a possível intimidação do perito judicial em decorrência da presença do perito do INSS. Analisemos cada um deles.

A PFE-INSS entendeu que os benefícios trazidos pelo projeto seriam de tal maneira abrangentes que assumiu o ônus de pagar os honorários periciais dos peritos do juízos, também porque a perícia aconteceria no corpo do processo de todo modo.

No que tange aos honorários do advogado, é necessário salientar que não existe condenação do réu a pagar honorários sucumbenciais em primeira instância nos Juizados Especiais Federais onde o projeto é operado. Além disso, a relação entre advogado e parte é contratual e extrajudicial, cabendo aos contratantes definirem o montante e a forma de pagamento dos honorários advocatícios. Afinal, é preciso entender que, se o processo fosse extinto ou julgado improcedente, as partes teriam que convergir sobre a questão da mesma forma; portanto, não pode ser pressuposto do contrato que o advogado só receba por meio do desconto no RPV dos atrasados do autor.

Em relação aos juros dos atrasados, que, em caso de concessão administrativa, não são pagos pelo INSS, houve uma ponderação de valores e interesses. Ninguém quer litigar, o litígio judicial é desgastante. O benefício de ter o seu direito reconhecido administrativamente, podendo marcar novas perícias administrativas, prorrogar o seu benefício e continuar a vida de pronto é bastante interessante para o autor. De toda forma, caso persista o interesse da parte pelos juros dos atrasados, basta que o seu advogado peticione emendando a inicial e o processo seguirá apenas quanto a esta questão.

A postergação da citação do réu se mostra, diante de todo o contexto benéfico do projeto, mero dado estatístico fruto do neoliberalismo processual em que se encontra o Judiciário brasileiro. A busca pela celeridade processual não pode ser o norte da atuação judicial, nem mesmo nos Juizados Especiais. Dessa forma, ponderando os valores, o benefício trazido pela possibilidade de solução rápida e pacífica dos conflitos é muito maior do que o malefício de ter uma estatística de tempo para a citação prejudicada.

Finalmente quanto ao argumento da intimidação do perito judicial pela presença do médico perito do INSS, os fatos trazidos pelo projeto em andamento falam por si.

O laudo único mantém a independência dos médicos, é preenchido pelo perito judicial na hora da perícia e preserva espaço para a manifestação sucinta do assistente técnico, também na mesma ocasião. Com cerca de um ano de funcionamento, as perícias conciliatórias registram uma concordância de cerca de 95% de suas conclusões, seja pela incapacidade ou pela capacidade.

Por sua vez, a qualidade dos laudos periciais realizados isoladamente pelos peritos judiciais aumentou consideravelmente, o que demonstra, de forma clara, que o trabalho conjunto, seja pela assistência técnica ou pela perícia conciliatória, colabora para o aperfeiçoamento técnico na área de perícia previdenciária.

Não parece pertinente a um perito judicial que atue com certeza e clareza em seu múnus público se intimide pela presença de outro colega de profissão. Além de direito do réu, a presença do assistente técnico zela pela correção e idoneidade do ato pericial.

CONCLUSÃO

As demandas de benefício por incapacidade, em razão da proporção que atingem, vêm recebendo especial atenção da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS. Os projetos foram se sucedendo e, no estágio atual, encontra-se em voga o projeto das perícias conciliatórias.

As perícias conciliatórias, iniciadas no Rio de Janeiro, vêm apresentando resultados fantásticos e ganharam visibilidade nacional, com iniciativas adaptadas às necessidades locais surgindo em várias cidades.

Nas dimensões atuais, não é possível ao quadro do Núcleo de Assistência Técnica Pericial da PFE-INSS, no Rio de Janeiro, implantar o projeto em todas as especialidades médicas – foram inicialmente abrangidas pelo projeto as especialidades mais comuns nas demandas judiciais: ortopedia e psiquiatria. Além disso, há Juizados que não permitiram o início do projeto em seus processos, locais em que o NATP atua por meio de assistência técnica simples, mas também não consegue acompanhar todas as perícias por falta de pessoal.

Pode-se concluir, portanto, que, antes de avançar, no atual estágio, o trabalho precisa se concentrar no aumento dos quadros médicos do INSS, seja para melhorar a velocidade do atendimento nas agências, bastante reduzida nos últimos anos, seja para investir e melhorar a sua defesa judicial. As ideias e a boa vontade já existem e os projetos em andamento demonstram viabilidade de grande sucesso, falta apenas o instrumento humano.

Procuradora Federal da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS no Rio de Janeiro, Advocacia-Geral da União da Procuradoria Regional da PFE-INSS da 2ª Região, Pós-Graduada em Direito Constitucional pela Universidade Estácio de Sá, Pós-Graduada em Direito Público e Privado pela Universidade Estácio de Sá – EMERJ, Graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.


REFERÊNCIAS

KAUSS, L. F. A redução de demandas previdenciárias. Revista IOB Trabalhista e Previdenciária, Porto Alegre, a. XXI, n. 247, 2010.

NUNES, D. J. C. Processo jurisdicional democrático – Uma análise crítica das reformas processuais. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2008