Em 12 meses, a Região Metropolitana de Belém
(RMB) acumulou a 3ª maior inflação do País, de acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) para famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos variou
6,54%, desde outubro de 2012. Em outubro deste ano, o indicador subiu 0,58%, o
quinto maior resultado entre as 11 Regiões Metropolitanas avaliadas e 0,40%
superior a setembro (0,17%), quando a RMB teve o segundo menor aumento de
preços do Brasil. Esse título persiste para o resultado anual. Na região foi
observado, em 2013, a inflação mais tímida da avaliação, atrás apenas de
Salvador, que somou 3,24% em variações do indicador até outubro.
Aumentos nos grupos de alimentação e bebidas
(0,53%), transportes (0,06%) e habitação (1,62%) são responsáveis pela inflação
de outubro, segundo o peso que possuem no cálculo final da variação.
Os produtos e serviços que mais subiram em
outubro, independente do poder de influência que possuem sobre a inflação na
região, foram a o peixe serra (16,45%), o mamão (11,13%), o pão doce (8,94), o
móvel infantil (8,48%), o refrigerante e a água mineral (6,50%) e o contrafilé
(6,32%). No ano, os produtos e serviços mais inflacionados foram o abacate
(46,30%), a banana-prata (42,22%) e o transporte hidroviário (38,38%). Em doze
meses, os mais inflacionados são também o transporte hidroviário (38,38%) e a
banana-prata (35,51%).
A inflação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC), medida para famílias com rendimento monetário de 1 a 5
salários mínimos ficou em 6,65% no acumulado dos últimos 12 meses. Esse também
é o terceiro maior resultado do País. Em outubro a inflação do índice chegou a
0,63% e no ano a soma das variações mensais marcou evolução de 4,24%.
Cesta
básica
O mês de outubro teve alta de 0,29% no preço
da cesta básica na Região Metropolitana de Belém, após três meses seguidos de
quedas, aponta o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) do Pará. Com o valor de R$ 293,20 no mês passa, Belém ficou na
condição de 8ª capital do país com o maior custo de alimentação básica. No mês
passado, o preço da alimentação para um trabalhador paraense comprometeu, para
sua aquisição, 47% do salário mínimo de R$ 678,00.
Das 18 capitais pesquisadas, 15 apresentaram
altas no custo da alimentação básica. O supervisor técnico do Dieese, Roberto
Sena, informa que o aumento acumulado de janeiro a outubro de 2013 ficou em
7,96%. A inflação calculada para o período foi de 4,25%. Segundo o Dieese, em
outubro, os produtos da cesta básica do paraense que mais subiram foram a
manteiga (4,19%); carne bovina (3,10%); e pão (1,16%). As maiores quedas foram
da farinha de mandioca (-5,35%); feijão (-2,30%); e banana (-1,27%).
Fonte: O Liberal – 11/11/2013